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A nova campanha de conscientização do Movimento VapeOFF da Fundação do Câncer faz um alerta aos jovens sobre os malefícios do cigarro eletrônico.Com o slogan Bonito por fora, tóxico por dentro, a ação tem como objetivo mostrar que, por trás da aparência moderna e inofensiva, os vapes podem esconder riscos à saúde, como dependência em nicotina, doenças respiratórias e cardiovasculares, câncer, entre outros problemas.
A mobilização marca o Dia Mundial sem Tabaco neste sábado (31) e segue o tema da Organização Mundial da Saúde (OMS) para este ano: Desmascarando a indústria do tabaco. Cigarro eletrônico, Saúde - Divulgação Ministério da SaúdeA campanha da Fundação é uma parceria com o Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), ACT Promoção da Saúde, Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) e recebeu apoio de mais de 50 instituições, associações e sociedades de todo o país ligadas à causa.
Segundo o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, os cigarros eletrônicos representam uma ameaça crescente à saúde pública no Brasil, especialmente entre os mais jovens, ao contribuírem para o aumento de fatores de risco modificáveis para o câncer.
“Com embalagens chamativas e sabores atrativos, esses dispositivos mascaram seus malefícios e seduzem uma nova geração ao vício da nicotina. Dados do Ministério da Saúde revelam que 70% dos usuários de cigarros eletrônicos têm entre 15 e 24 anos”, disse Maltoni.
O Levantamento Nacional sobre Álcool e Drogas (Lenad), recém divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, mostra que mais de 77% dos usuários de vape disseram que o produto não os ajudou a parar de fumar cigarros convencionais, o que enfraquece o principal argumento da indústria do tabaco de que os cigarros eletrônicos seriam uma alternativa para se parar o tabagismo, diz a Fundação do Câncer.
Uma das principais ações da campanha é Roleta que dá a real, que será realizada neste sábado (31), no Posto 10 da Praia de Ipanema, local de grande circulação de adolescentes e jovens adultos.
Cigarro Eletrônico, Vape. Foto: haiberliu/Pixabay - haiberliu/PixabayA proposta é interativa: promotoras irão abordar o público com um convite descontraído para girar a roleta e ganhar um brinde. O brinde virá acompanhado de cards com a verdade por trás do discurso dos fabricantes.
“O objetivo é gerar impacto de forma criativa, usando a mesma linguagem que atrai o público jovem, mas com o propósito de informar e provocar reflexão”, destaca Maltoni.
Além da ação nas ruas, a campanha também será veiculada nas redes sociais com conteúdos a serem utilizados pelas instituições parceiras e nos terminais de ônibus e BRT do Rio de Janeiro e de led da Ecoponte. A mobilização, que também conta com uma carta-manifesto conclamando os Poderes Legislativo e Executivo a seguirem na proibição e no combate aos cigarros eletrônicos no país, já tem a adesão de 56 organizações, entre entidades médicas e científicas e organizações da sociedade civil, que assinam o documento.
Consultora da área de tabagismo da Fundação do Câncer, Milena Maciel de Carvalho, disse que desmascarar o vape é um dever coletivo.
“Precisamos unir esforços para proteger uma geração que está sendo enganada por embalagens bonitas e discursos perigosos. Essa campanha é um convite para olhar além da estética e enxergar os riscos que estão sendo maquiados em nome do lucro”, afirmou Milena.
De acordo com a especialista, a campanha surge como uma resposta urgente à banalização dos cigarros eletrônicos no imaginário popular, sobretudo entre os jovens. “Com o slogan Bonito por fora, tóxico por dentro, queremos desmascarar a falsa imagem de modernidade e segurança que a indústria criou em torno do vape. A ciência é clara: esses dispositivos contêm nicotina altamente viciante, metais pesados e outras substâncias tóxicas que causam danos significativos ao sistema respiratório, cardiovascular e podem levar ao câncer.”
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), para cada ano do triênio 2023/2025, foram estimados 32.560 novos casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão no Brasil.
A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No ano ado, o regulamento referente aos vapes foi atualizado e foi mantida a proibição. A Resolução da Diretoria Colegiada RDC n° 855/2024, além de proibir a comercialização, importação, o armazenamento, o transporte e a propaganda dos cigarros eletrônicos, reforçou a proibição de seu uso em recintos coletivos fechados, público ou privado.
O epidemiologista e pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (Inca), André Szklo, explica que quem desrespeita a resolução da Anvisa comete uma infração sanitária. Se houver estabelecimentos como tabacaria, lojas e bares, marketplaces, redes sociais ou mesmo em lugares públicos com venda de vapes, a denúncia pode ser feita à Anvisa. Para ele, existe um problema de fiscalização, de impunidade e de aceitação social do produto contrabandeado, “relativamente bem aceito na sociedade brasileira”.
“Qualquer produto derivado do tabaco é proibido comercializar e fazer propaganda na internet. As brechas que têm de legislação e fiscalização são por onde a indústria do tabaco vai entrar para colocar toda sua bateria de marketing, os influencers. Não há nada ingênuo nesse processo. Por meio disso, consegue fazer que o adolescente e o jovem, foco principal da indústria da nicotina, sejam a nova geração de dependentes da substância. Não por acaso esses produtos são recheados de aromas e sabores que vão mascarar aquele efeito desagradável do primeiro contato com produto derivado do tabaco”, diz o pesquisador.
André Szklo destaca que esse dispositivo proibido no Brasil tem consumo infinitamente menor no país do que em nações em que é permitida sua comercialização.
“A geração brasileira de jovens e adolescentes, por mais que tenha gente experimentando e consumindo, é uma proporção infinitamente inferior comparada com países como Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, onde a venda é permitida. O Brasil está conseguindo proteger a sua geração mais do que esses países. Se liberar a comercialização do vape, vai ter um aumento exponencial desse consumo.”.
Na avaliação do epidemiologista, o jovem e o adolescente que têm contato com esse dispositivo, uma vez estabelecida a dependência da nicotina, migram para o cigarro convencional, que é muito mais barato.
“O cigarro brasileiro é um dos mais baratos do mundo. Essa estratégia da indústria do tabaco de introduzir esses produtos no mercado brasileiro potencializa o problema, porque estabelecida a dependência, o jovem vai para o cigarro convencional”.
No último dia 28, o Inca lançou o estudo A Conta que a Indústria do Tabaco Não Conta em que aponta que para cada R$ 1 de lucro da indústria do tabaco, o governo federal gasta R$ 5 com doenças causadas pelo fumo.
“O estudo do Inca mostra a origem dos recursos dessas estratégias que a indústria do tabaco utiliza. É uma indústria que vive de morte, sofrimento, adoecimento e gera um custo para a sociedade brasileira. Cada R$ 156 mil que a indústria do tabaco utiliza em estratégias de marketing e mídias sociais para pagar influencers, para agir em ações judiciais, equivale a uma morte. Esse é um recurso que está carimbado com morte”, completa André Szklo, um dos autores da pesquisa.
]]>Carla Sarni, fundadora da Sorridents, mudou seu estilo de vida após um incidente em Roma. Uma caminhada curta resultou em dores na coluna, levando-a a repensar suas prioridades e focar na própria saúde.
Após o incidente, Sarni recordou sua experiência no Caminho de Santiago de Compostela e decidiu incorporar caminhadas regulares em sua rotina. As caminhadas no parque não só contribuíram para a perda de 25 quilos, mas também se tornaram uma forma de cuidar da mente.
Sarni, que sempre esteve à frente do Grupo Salus, dedicou anos ao cuidado de pacientes, franqueados e familiares. A experiência em Roma serviu como um alerta para que ela priorizasse o próprio bem-estar.
A executiva transformou um momento de dificuldade em uma oportunidade para adotar hábitos mais saudáveis, mostrando que é possível conciliar a vida profissional com o cuidado pessoal.
Essa mudança de rotina demonstra a importância de equilibrar as responsabilidades com a saúde, um tema que muitas vezes é negligenciado em meio à correria do dia a dia.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Você sabia que existe uma vacina que protege do câncer? É a vacina do HPV. O Papilomavírus Humano é responsável pela infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. O HPV pode causar desde verrugas nos órgãos genitais até câncer no colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta.
E atenção: o HPV não provoca sintomas na maioria das pessoas e o vírus pode ficar no organismo por meses e até anos sem manifestar sinais.
A forma mais eficaz de se proteger contra o HPV é a vacinação. A camisinha reduz o risco de pegar a doença, mas não protege totalmente, por isso é importante se vacinar, além de usar a camisinha.
A artesã Elis Martins, de Brasília, no Distrito Federal, tem 36 anos. Ela teve infecção pelo HPV na adolescência, quando a vacina ainda não era oferecida pelo Sistema Único de Saúde. Elis faz um apelo, para que ninguém e pelo que ela ou. “Hoje, quase 20 anos depois desse episódio, vejo a importância da informação, de falar para todos os adolescentes, como é importante se prevenir, o quanto é importante essa vacina, o quanto ela é segura e eficaz. É muito importante, muito importante mesmo. Deixo aqui um apelo para cuidarmos mais, nos informarmos mais, nos protegermos mais”.
A vacina é aplicada em dose única em crianças e adolescentes de 9 a 14 anos de idade. O Ministério da Saúde também tem estratégias de resgate nas escolas para os não vacinados na faixa de 15 a 19 anos, como explica o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti. “Lembrando que nós também precisamos convergir a estratégia de vacinação nas escolas com a estratégia de resgate da vacinação contra o HPV. Recentemente nós fizemos um chamado aos estados e municípios para vacinar as pessoas de 15 a 19 anos que perderam a oportunidade de se vacinar anteriormente, oportunizando para esses adolescentes a proteção necessária. Ao realizar esse resgate junto com a vacinação nas escolas, aumenta-se a adesão a essa vacinação, já que é nas escolas que os adolescentes ficam a maior parte do dia, especialmente os de Ensino Médio.”
O Brasil é signatário da estratégia de eliminação do câncer de colo de útero. E um dos pilares para atingir essa meta é alcançar 90% de cobertura na vacinação contra o HPV.
â?¢ Meninas e meninos de 9 a 14 anos;
â?¢ Mulheres e homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos;
â?¢ Vítimas de abuso sexual, imunocompetentes, de 9 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham tomado a vacina HPV ou estejam com esquema incompleto;
â?¢ Usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de HIV, com idade de 15 a 45 anos, que não tenham tomado a vacina HPV ou estejam com esquema incompleto (de acordo com esquema preconizado para idade ou situação especial);
â?¢ Pacientes portadores de Papilomatose Respiratória Recorrente/PRR a partir de 2 anos de idade.
Participe da mobilização nacional pela vacinação contra o HPV. Procure uma Unidade Básica de Saúde com a Caderneta de Vacinação ou documento com foto e garanta a imunização.
Para mais informações, e www.gov.br/vacinacao.
A vacinação contra a gripe começou nos estados do Sul assim que as doses chegaram nas Unidades Federadas e municípíos. Agora, a vacina contra o vírus Influenza faz parte do Calendário Nacional e é oferecida para os grupos prioritários ao longo do ano. Em 2025, o Ministério da Saúde adquiriu 73 milhões e seiscentas mil doses. No Sul, a estimativa é vacinar mais de 13 milhões e meio de pessoas.
A meta é atingir 90% dos grupos prioritários do Calendário Nacional de Vacinação, que incluem crianças de 6 meses a 6 anos de idade, gestantes e idosos. Para os outros grupos serão contabilizadas as doses aplicadas.
Outros grupos também serão vacinados, como puérperas, povos indígenas, quilombolas, pessoas com doenças crônicas, trabalhadores da saúde, professores e outros trabalhadores essenciais. A vacina contra a gripe é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e mortes.
O diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, explica por que quem faz parte dos grupos prioritários deve tomar a dose todos os anos. “A vacina é importante porque diminui o risco de infecção. Apesar de não ter uma eficácia de 100% para proteger contra a infecção, ela diminui o risco de se infectar. A vacina também diminui significativamente o risco de formas graves da doença e de hospitalização. Então por isso ela é importante, ela acaba resultando na diminuição do número de mortes pela doença.”
O infectologista Luiz Otávio, do Centro de Testagem e Aconselhamento de Curitiba, no Paraná, explica que é importante não confundir resfriado e gripe, que são doenças provocadas por vírus diferentes. “Em ambos [resfriado e gripe], paciente vai apresentar coriza, tosse, dor de garganta. Enquanto na gripe, esses sintomas sendo mais intensos, o paciente vai apresentar febre e mal-estar geral, dor no corpo. E, no resfriado, esses sintomas vão durar menos tempo – dois a três dias, o indivíduo já vai ter melhora dos sintomas. Na gripe, não, vai durar um pouco mais de tempo.”
A vacina protege do Influenza, que pode provocar complicações para os grupos prioritários. Em 2024, a cobertura vacinal do público-alvo foi de 56,43% na região Sul. O Ministério da Saúde reforça que as vacinas são seguras, eficazes e de graça.
â?¢ Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade;
â?¢ Gestantes e puérperas;
â?¢ Idosos com 60 anos e mais;
â?¢ Povos indígenas;
â?¢ Quilombolas;
â?¢ Pessoas em situação de rua;
â?¢ Trabalhadores da saúde;
â?¢ Professores de escolas públicas e privadas;
â?¢ Profissionais das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas;
â?¢ Trabalhadores portuários e de transporte coletivo rodoviário;
â?¢ Caminhoneiros;
â?¢ Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para ageiros urbanos e de longo curso;
â?¢ Trabalhadores dos Correios;
â?¢ Pessoas com deficiência permanente;
â?¢ Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
â?¢ População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
Participe da mobilização nacional pela vacinação contra a gripe. Procure uma Unidade Básica de Saúde com a Caderneta de Vacinação ou documento com foto . Garanta a sua proteção!
Para mais informações, e www.gov.br/vacinacao.
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Segundo a pasta, o número de óbitos pela doença no país também apresentou queda, de 27%, no primeiro trimestre deste ano. Foram contabilizadas 43 mortes, frente às 63 registradas no mesmo intervalo do ano anterior.
Dados do ministério apontam ainda a redução no número de casos da doença em três das cinco áreas especiais de vigilância em 2024. Nas áreas de garimpo, houve queda de 27,5%, e, nas de assentamento, de 11%.“A separação por áreas é uma estratégia de acompanhamento dos casos, uma vez que a malária é uma doença determinada socialmente, ou seja, que afeta mais pessoas em áreas de maior vulnerabilidade social”, informou a pasta.
O levantamento mostra que 99% dos casos da doença estão concentrados na região amazônica, abrangendo os seguintes estados: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Em evento na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou o compromisso brasileiro de eliminar a malária e a importância de novas tecnologias para combater a doença, incluindo o uso ampliado de testes rápidos e a adoção do antimalárico tafenoquina.
“Treinamos quase 3 mil profissionais, tratamos mais de 7 mil pessoas, e a meta é ampliar o o em todo o país até 2026”, destacou Padilha.
A tafenoquina é classificada pela pasta como um medicamento inovador de dose única. O fármaco é indicado para a cura da malária causada pelo Plasmodium vivax, parasita responsável por mais de 80% dos casos da doença em 2024.
O tratamento, de acordo com o ministério, reduz os casos graves e a mortalidade por malária e já foi implementado em 49 municípios de seis estados – Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia, Amapá e Acre – e em nove Distritos Sanitários Indígenas (DSEi).
A previsão é que, em maio, o medicamento será implantado na região extra-amazônica e, em junho, em duas áreas do Mato Grosso.
Ainda segundo a pasta, uma versão pediátrica da tafenoquina está em processo de incorporação junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), com parecer favorável em avaliação inicial feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
“A recomendação inicial vai à consulta pública nos próximos dias e retorna para a análise final da comissão.”
Em relação à vigilância epidemiológica, o ministro chamou atenção para os casos de malária fora da Amazônia. “Embora o número de casos seja menor fora da região amazônica, a letalidade é mais alta. Por isso, vamos implementar um sistema de vigilância específico para os estados com registros fora da Amazônia. É preciso criar alertas e ações direcionadas para esses territórios”.
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A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que amplia o prazo para deduzir, no Imposto de Renda (IR), doações destinadas a dois programas de assistência: o Pronon, voltado para pacientes com câncer, e o Pronas/PCD, direcionado a pessoas com deficiência.
Criados pela Lei 12.715/12, esses programas podem receber recursos de pessoas físicas até 2025 e de pessoas jurídicas até 2026.
Com a aprovação do projeto, as doações e patrocínios poderão ser deduzidos do IR até o ano-calendário de 2029, respeitando o limite de 1% do imposto devido.
Foi aprovada um texto modificado (substitutivo) apresentado pelo relator, deputado Jorge Solla (PT-BA), ao Projeto de Lei 6231/19, de autoria do deputado Sergio Souza (MDB-PR), e outros quatro projetos apensados.
Limitação
Solla limitou, em sua versão, a duração do benefício que, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), precisa ter a renovação restrita a cinco ano. “Ainda que esta comissão optasse por tornar permanentes os programas discutidos, tal medida seria inviável financeiramente e orçamentariamente, além de contrariar as normativas vigentes”, explicou Solla.
Ele ressaltou a relevância de prorrogar os incentivos para esses programas de saúde. “O Pronon e o Pronas/PCD promovem a colaboração entre agentes privados e políticas públicas, criando uma dinâmica em que o setor privado contribui diretamente para alcançar objetivos sociais e públicos”, afirmou.
Próximos os
O projeto segue agora para análise, em caráter conclusivo, das comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
]]>No ano ado, o projeto do Dia D foi disponibilizado aos estados e apenas 16 unidades participaram da ação. Ao final da campanha nacional, mais de 23 milhões de pessoas que faziam parte dos grupos prioritários deixaram de se vacinar, e a cobertura foi de apenas 55%.
Segundo o ministro Alexandre Padilha, a estratégia de promover novamente um Dia D Nacional foi pactuada com os secretários estaduais e municipais de saúde. A primeira edição deste ano está marcada para o dia 10 de maio, sábado, véspera do Dia das Mães."Vamos mobilizar o Sistema Único de Saúde no país inteiro. Além da mobilização, vamos fazer busca ativa, ir atrás daqueles grupos prioritários. Toda a rede está focada para que, até o inverno, a gente consiga garantir uma boa cobertura de vacinação contra a influenza", afirmou o ministro, em evento nesta quinta-feira (24).
O ministro também afirmou que os municípios estão recebendo recursos para diversificar as ações durante a campanha, como a aplicação da vacina em locais de grande circulação, e em horários estendidos. A pasta também fez parcerias com as plataformas digitais para divulgar a campanhas nas redes sociais e está mobilizando líderes comunitários e religiosos.
]]>"Levamos o Zé Gotinha a igrejas evangélicas e católicas, e estamos conversando com rabinos, religiões de matriz africana, lideranças muçulmanas, porque as igrejas também são espaço muito importante de divulgação dos valores para as pessoas compreenderem que vacinar é um ato de vida, de amor, é salvar vidas."
O Ministério da Saúde submeteu à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) um pedido para avaliar a inclusão da vacina contra herpes-zóster no Sistema Único de Saúde (SUS). A pasta informou que aguarda um parecer técnico para tomar uma decisão sobre a incorporação da dose à rede pública.
A incorporação de uma nova vacina ao SUS envolve várias etapas, como a identificação da demanda, análise técnico-científica, avaliação de viabilidade e acordo entre as três esferas de gestão: União, estados e municípios.
O herpes-zóster, também conhecido como cobreiro, é uma doença de pele causada pelo vírus varicela-zoster (VVZ), o mesmo que causa a catapora. De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus permanece adormecido no organismo e pode ser reativado na idade adulta ou em pessoas com imunidade comprometida, como portadores de doenças crônicas, câncer, aids ou transplantados.
Os sintomas do herpes-zóster incluem dores nevrálgicas, parestesias (formigamento), ardência, coceira, febre, dor de cabeça e mal-estar. Em alguns casos, a doença pode levar a complicações como ataxia cerebelar aguda, trombocitopenia e infecções bacterianas secundárias.
É uma vacina de boa qualidade, mas é muito difícil as pessoas terem o. Muita gente não sabe da existência dela. Pode ter certeza: é uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no SUS e que a gente possa fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação para receber essa vacina. disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Os cenários mais graves são vistos no Distrito Federal, Roraima e na região de Palmas, capital do Tocantins, que estão com alto risco.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é a piora dos sintomas gripais com comprometimento da atividade respiratória, o que pode levar à hospitalização e até mesmo à morte. Até o dia 15 de março, o Brasil registrou 21.498 casos de SRAG, com 1.659 óbitos.Nas regiões mais críticas, a incidência de SRAG tem sido grande principalmente entre crianças de até dois anos. A pesquisadora Tatiana Portella avalia que esse aumento pode estar associado à disseminação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
“Apenas no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul há dados laboratoriais suficientes para confirmar essa relação. Ainda nessas regiões, também se observa a manutenção do crescimento de SRAG entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, embora haja sinais de desaceleração ou início de queda em alguns estados, como Mato Grosso, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Sergipe", explica Tatiana.
"No Acre, Goiás, Mato Grosso e Pará também há indícios de início de aumento de SRAG na população de jovens e adultos, porém, ainda não é possível identificar o vírus responsável”, completa.
Entre as crianças mais velhas e adolescentes, a maioria dos casos decorre de infecção por rinovírus, mas também há registros de adenovírus e metapneumovírus.
A recomendação é que os estudantes com sintomas gripais não sejam enviados às escolas, para evitar a disseminação de um possível vírus.
Além disso, quem mora nas regiões Norte ou Centro-Oeste deve utilizar máscara em locais fechados e em postos de saúde, além de colocar em dia a vacinação contra a covid-19 e a influenza.
Apesar da incidência de outros vírus ter mais destaque no momento, ao longo deste ano, dos casos com diagnostico positivo para vírus, a maior parte - 39,8% - foi causada por covid-19.
A vacina contra a covid-19 faz parte do calendário básico infantil e deve ser tomada periodicamente por grupos vulneráveis, como idosos, gestantes e pessoas com deficiência.
Já a vacina contra a influenza, aplicada em campanhas anuais, agora está sendo oferecida nas unidades de saúde, como parte do calendário básico. Crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e idosos podem atualizar a carteirinha de vacinação.
]]>Uma pessoa é classificada como sedentária quando realiza menos de 150 minutos (por semana) de atividades físicas moderadas, como caminhar, pedalar, pular, dançar ou nadar, ou menos de 75 minutos (por semana) de atividades intensas, como correr ou praticar esportes.
Ao longo das gerações, os meios de locomoção, trabalho e atividades recreativas estão se tornando menos físicas e mais sentadas. No ado, poucas pessoas possuíam carros e o transporte público era bem limitado e grande parte das pessoas tinham o costume de caminhar bastante, boa parte dos trabalhos exigiam um esforço físico e até mesmo em casa as atividades domésticas eram quase sempre manuais.
Atualmente os meios de transporte estão todos melhores e mais evoluídos, então em vez de caminhar, as pessoas am horas no trânsito sentadas em seus carros ou ônibus. Na cidade grande, estima-se que gastamos entre 1 a 4 horas do nosso dia no trânsito. As atividades domésticas também já são quase todas automatizadas, usamos a escada rolante ao invés da escada normal e muitas pessoas trabalham sentadas na frente do computador.
Estima-se que aproximadamente 46% da população brasileira seja sedentária.
O ideal é reservar um tempo para as atividades físicas, mas caso você já pratique exercícios, existem algumas formas de aumentar os benefícios, como:
Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde antes de iniciar um novo programa de exercícios, especialmente se houver preocupações específicas com a saúde.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.
]]>Em nota, o ministério informou que o caso no Brasil foi confirmado laboratorialmente, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso. O exame permitiu a obtenção do genoma completo que, segundo a pasta, é muito próximo aos de casos detectados em outros países.
“Até o presente momento, não foram identificados casos secundários. A equipe de vigilância municipal mantém o rastreamento de possíveis contatos”, destacou o comunicado.
Ainda de acordo com o ministério, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi informado sobre o caso e a pasta, junto às secretarias estadual e municipal de Saúde, solicitou o reforço da rede de vigilância epidemiológica e o acompanhamento da busca ativa de pessoas que tiveram contato com a paciente.
Em resposta à declaração de emergência em saúde pública de importância internacional por mpox, decretada pela OMS em agosto de 2024, o ministério instituiu o Centro de Operações de Emergências (COE) para a doença que, segundo a pasta, permanece ativo no intuito de centralizar e coordenar as ações.
Em 2024, o Brasil registrou 2.052 casos de mpox. Até o início de fevereiro, 115 casos de cepas da doença haviam sido notificados, mas nenhum deles, até então, era da cepa 1b. Nenhum óbito por mpox foi identificado no Brasil ao longo dos últimos dois anos e a maioria dos pacientes, segundo o ministério, apresenta sintomas leves ou moderados.
Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.
A mpox pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde.
O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.
As lesões também podem ser encontradas na boca, na garganta, no ânus, no reto, na vagina ou nos olhos. O número de feridas pode variar de uma a milhares. Algumas pessoas desenvolvem ainda inflamação no reto, que pode causar dor intensa, além de inflamação dos órgãos genitais, provocando dificuldade para urinar.
A mpox é considerada doença endêmica na África Central e na África Ocidental desde a década de 1970. Em dezembro de 2022, a República Democrática do Congo declarou surto nacional de mpox, em razão da circulação da cepa 1 do vírus.
Desde julho de 2024, casos da cepa 1b vêm sendo registrados em países como Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, Reino Unido, Alemanha, China, Tailândia, Estados Unidos, Bélgica, Angola, Zimbábue, Canadá, França, Índia, Paquistão, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e África do Sul.
]]>A tecnologia está transformando radicalmente a saúde, impulsionando inovações que aprimoram diagnósticos e elevam a qualidade de vida dos pacientes. Dispositivos vestíveis, inteligência artificial e telemedicina já são elementos comuns na medicina moderna, marcando uma nova era de avanços notáveis.
Os dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes, monitoram constantemente sinais vitais, detectando desde batimentos cardíacos irregulares até os níveis de oxigênio no sangue. A inteligência artificial (IA) auxilia médicos a identificar doenças precocemente, refinando a precisão dos diagnósticos e acelerando a tomada de decisões clínicas. A telemedicina, por sua vez, democratiza o o à saúde, beneficiando principalmente aqueles que residem em áreas remotas, onde a assistência médica é limitada.
A telemedicina expandiu o o à saúde, permitindo que pacientes consultem médicos sem a necessidade de deslocamentos. Isso não só reduz custos, eliminando despesas com transporte, mas também otimiza o tempo dos profissionais de saúde. Além disso, aplicativos de monitoramento contínuo possibilitam o acompanhamento remoto de pacientes com doenças crônicas, garantindo um cuidado mais eficiente e personalizado.
Em regiões isoladas, como a Amazônia, onde o o à saúde é desafiador, a tecnologia desempenha um papel crucial. Drones entregam medicamentos essenciais, reduzindo o tempo de espera para tratamentos vitais. Plataformas móveis de saúde, como clínicas itinerantes equipadas com exames e consultas virtuais, levam a assistência médica diretamente às comunidades carentes. A análise de Big Data monitora fatores ambientais que impactam a saúde da população, permitindo intervenções preventivas.
O futuro da medicina reserva avanços ainda mais promissores. A medicina preditiva, impulsionada pela IA, busca antecipar o surgimento de doenças antes mesmo dos primeiros sintomas, permitindo intervenções precoces e personalizadas. A impressão 3D de órgãos vislumbra a bioimpressão de tecidos e órgãos para transplantes, revolucionando a forma como lidamos com a escassez de órgãos. A interoperabilidade de sistemas visa integrar globalmente os dados médicos, possibilitando um atendimento mais eficiente e coordenado.
A tecnologia está transformando a medicina, trazendo benefícios tangíveis para todos. Estejamos atentos às próximas revoluções que moldarão o futuro da saúde, com inovações que prometem salvar vidas e melhorar o bem-estar da população.
o à saúde em qualquer lugar: Pacientes podem consultar médicos sem precisar viajar. Redução de custos: Elimina gastos com transporte e otimiza o tempo dos profissionais. Monitoramento contínuo: Aplicativos permitem acompanhamento remoto de pacientes com doenças crônicas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>A pele, nosso maior órgão, merece cuidados especiais. Apesar da tentação de espremer espinhas, essa prática pode ter consequências graves, indo muito além de uma simples marca.
O ato de espremer uma espinha força a saída de sebo, células mortas e bactérias presentes nos poros. Essa ação, aparentemente inofensiva, pode danificar a pele e provocar problemas maiores.
Ao pressionar a pele, bactérias e impurezas são empurradas para dentro dos poros, aumentando o risco de infecções dolorosas e persistentes. Além disso, a ruptura da barreira cutânea pode levar a cicatrizes permanentes.
"Espremendo uma espinha, o conteúdo dos poros, composto por sebo, células mortas e bactérias, é forçado a sair. Esta ação, aparentemente inofensiva, pode danificar a pele e levar a problemas mais sérios." concluiu um dermatologista.
A manipulação da pele ao espremer espinhas compromete sua integridade, facilitando a entrada de agentes externos. Manchas escuras e cicatrizes podem surgir, comprometendo a estética facial. Além disso, essa prática cria um ciclo vicioso: quanto mais se espreme, mais espinhas aparecem, pois a pele se irrita e produz mais óleo. Isso pode levar a um quadro severo de acne.
Em vez de espremer, prefira hábitos saudáveis e produtos dermatológicos. Mantenha a pele limpa, hidratada e use protetor solar. Existem produtos específicos para reduzir a inflamação sem causar danos. Para casos graves, consulte um dermatologista.
Os especialistas em pele identificam o tipo e a causa da acne, oferecendo tratamentos personalizados e prevenindo efeitos nocivos como hiperpigmentação ou cicatrizes. Um tratamento profissional garante uma pele mais saudável e previne danos permanentes.
"Consultando um dermatologista, o tratamento se torna mais direcionado, e é possível prevenir efeitos nocivos como hiperpigmentação ou cicatrizes severas." afirma um especialista em pele.
Lembre-se: cuidar da pele é fundamental. Evite a tentação de espremer espinhas e busque ajuda profissional para um tratamento seguro e eficaz. A saúde da sua pele agradece.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>A partir de 1º de fevereiro de 2025, novas regras para planos de saúde entram em vigor, impactando diretamente os usuários com pendências financeiras. A principal mudança diz respeito à notificação e ao cancelamento de contratos por inadimplência.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Resolução Normativa 593/23 garante ao consumidor o direito de ser notificado sobre qualquer atraso no pagamento, antes do cancelamento do plano.
Essa notificação, que precisa ser confirmada pelo consumidor, pode ser feita através de carta com aviso de recebimento (AR), visita pessoal de um representante, ligação telefônica gravada, e-mail ou mensagem de texto (SMS ou WhatsApp). E-mails com certificado digital são automaticamente considerados válidos.
"O consumidor deve ser notificado caso esqueça de pagar a mensalidade, garantindo a oportunidade de quitar a dívida antes do cancelamento do contrato ou da exclusão do plano." concluiu a ANS.
O prazo para o cancelamento do plano por inadimplência é de, no mínimo, duas mensalidades em atraso, consecutivas ou não. A notificação precisa ocorrer até o 50º dia de inadimplência, dando ao consumidor mais 10 dias para regularizar a situação.
A resolução também prevê que mensalidades pagas posteriormente, mesmo com atraso, não serão computadas para o cálculo da inadimplência. Para consumidores com dúvidas sobre o valor cobrado, há a possibilidade de questionar a notificação sem prejuízo do prazo de pagamento.
É importante ressaltar que a resolução proíbe o cancelamento de planos de saúde durante internações hospitalares, desde que a cobertura inclua este tipo de atendimento. Se a operadora não emitir o boleto ou processar o débito corretamente, o período de inadimplência não será considerado válido.
Estas novas regras da ANS se aplicam a contratos firmados após 1º de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9.656, pagos diretamente pelos beneficiários. Isso inclui planos individuais ou familiares, planos coletivos empresariais de empresários individuais e planos coletivos de ex-empregados, entre outros.
O adiamento da entrada em vigor das novas normas, inicialmente prevista para dezembro de 2024, para fevereiro de 2025, foi uma decisão de Paulo Rebello, então diretor-presidente da ANS, para dar tempo às operadoras para se adaptarem às novas exigências.
Com as novas regras, as operadoras podem elaborar aditivos contratuais para atender à legislação. O consumidor deve guardar comprovantes de pagamento para eventuais questionamentos.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Pesquisadores da USP criam minicérebros para investigar a chave do envelhecimento saudável
Com 116 anos, a Freira Inah Canabarro Lucas é a mulher mais idosa do mundo, segundo o Gerontology Research Group. A religiosa brasileira, que atualmente mora em Porto Alegre (RS), adora chocolates, detesta banana, dirigiu uma banda de música e viajou por todos os países da América Latina. Em 2022, contraiu COVID-19 e, surpreendentemente, recuperou-se sem grandes complicações.
Laura, de 105 anos, começou a nadar aos 70. Atualmente, exibe a agilidade de uma jovem e excelente capacidade cognitiva. Em vez de perder força muscular com o tempo, como era o esperado, a nadadora mineira preservou musculatura e ou a ganhar medalhas aos 100 anos.
Já Milton, de Brasília, um veterinário que aos 108 anos acompanhava e comentava todos os avanços científicos noticiados, foi capaz de nomear e relembrar a importância de todos os presentes em sua festa de aniversário de 107 anos – algo pouco trivial até para quem comemora um par de décadas.
Todos eles integram um projeto conduzido no Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fapesp sediado na Universidade de São Paulo (USP). O estudo está mapeando o código genético de centenários saudáveis em busca de genes determinantes para essa longevidade excepcional. Até agora, já foram coletadas amostras de 75 centenários e a busca por novos voluntários continua.
“Queremos identificar os genes protetores de doenças comuns ao envelhecimento, como as demências e aquelas relacionadas à perda muscular. Sabemos que manter um estilo de vida saudável é muito importante para se obter uma velhice com qualidade de vida. No entanto, sabemos também que, depois dos 90 anos, a genética é muito mais determinante que o ambiente”, diz Mayana Zatz, coordenadora do CEGH-CEL.
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“Os estados da região continuarão vacinando e aqueles que ainda não se imunizaram contra a gripe podem se dirigir à unidade básica de saúde (UBS) mais próxima e se proteger”, destacou a pasta, em nota.
Iniciada em setembro de 2024, a campanha abarca os seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. De acordo com o ministério, até o momento, foram aplicadas 3.225.266 doses, alcançando cobertura de 42,5%.A população alvo da campanha, a princípio, era composta por gestantes, puérperas, idosos, crianças, povos indígenas que vivem em seus territórios e trabalhadores da saúde. A partir de agora, qualquer pessoa a partir dos 6 meses de vida pode se vacinar.
Desde 2023, a estratégia de imunização contra a gripe no Norte ou a ser feita no segundo semestre, considerando particularidades climáticas da região – é nessa época que acontece o chamado inverno amazônico, quando a circulação viral e a transmissão da gripe são mais frequentes.
Nas demais regiões (Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), a imunização é feita no primeiro semestre, geralmente entre os meses de março e abril.
A imunização contra a gripe é recomendada para toda a população não vacinada, a partir dos 6 meses de idade. A iniciativa, de acordo com o ministério, considera a situação epidemiológica local, os estoques disponíveis e as estratégias definidas pelas secretarias estaduais e municipais.
A dose utilizada é a trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil.
]]>O Ozempic, medicamento utilizado no tratamento de diabetes tipo 2, tem ganhado destaque também por promover perda de peso, tornando-se alvo de grande procura.
Apesar dos benefícios como o controle aprimorado da glicemia e a redução do risco de complicações cardiovasculares, seu uso requer cautela.
"A utilização irrestrita ou recreativa é inadequada e pode trazer riscos à saúde." concluiu um especialista.
Entre os efeitos colaterais, estão náuseas, obstipação ou diarreia e dor de cabeça. É contraindicado para pessoas com histórico familiar de câncer medular de tireoide e deve ser usado com cuidado em pacientes com cálculos biliares.
O custo do Ozempic no Brasil varia entre R$ 994,03 e R$ 1.308,32, dependendo do ICMS estadual, gerando dificuldades de o para muitos pacientes.
Embora planos de saúde possam cobrir o medicamento para tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade mediante prescrição médica, a ANS esclarece que não há cobertura obrigatória para uso domiciliar ou ambulatorial, exceto para antineoplásicos orais e medicamentos relacionados a efeitos colaterais de tratamentos de câncer, conforme a Lei 9.656/1998.
Especialistas defendem a cobertura de medicamentos de alto custo como o Ozempic, quando prescritos para tratamento adequado.
A alta procura e o preço elevado do Ozempic levantam debates sobre o à saúde e políticas públicas no Brasil.
É crucial que o uso do Ozempic seja sempre orientado e acompanhado por um médico, garantindo a segurança e a eficácia do tratamento.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Embora macacos doentes não transmitam a doença, são um indicativo de circulação do vírus. Os primatas são os principais hospedeiros do vírus, mas os únicos vetores de transmissão são os mosquitos. No meio silvestre, os mosquitos picam o macaco que, depois de infectado pelo vírus, pode ser picado por outro vetor e este, por sua vez, transmitir a doença para o homem.
Por causa disso, a campanha de vacinação contra a febre amarela foi intensificada na cidade de Ribeirão Preto. Segundo a istração municipal, equipes da Vigilância Epidemiológica da cidade iniciaram, na sexta-feira ada (3), a imunização de pessoas que moram ou trabalham no campus da USP e que nunca receberam a vacina. A prefeitura também tem feito busca ativa para imunização de cerca de 4 mil crianças que ainda não completaram o ciclo vacinal da febre amarela, composta por duas doses, uma aos 9 meses e outra aos 4 anos.
"Estamos realizando uma busca ativa por essas crianças. A secretaria está entrando em contato com todas essas famílias para que as crianças sejam vacinadas. Não é preciso que a população faça filas nos postos de saúde", disse Mauricio Godinho, secretário municipal da Saúde. De acordo com Godinho, após esta idade uma única dose da vacina garante a proteção contra a doença.
De acordo com a prefeitura, não há atualmente nenhum registro de febre amarela em humanos na cidade de Ribeirão Preto.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda que é causada por um vírus, transmitido pela picada de um mosquito silvestre, que vive em zona de mata, e não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os sintomas iniciais da febre amarela são febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% podem apresentar um breve período, que pode ir de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolver uma forma mais grave da doença, que pode levar à morte, destacou o Ministério da Saúde.
Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde informou ter remanejado 20 mil doses de imunizantes para Ribeirão Preto. "Vale destacar que os macacos não transmitem febre amarela. A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zonas de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades."
A doença pode ser prevenida por meio de vacina, que está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina é a melhor forma de prevenção da doença e está disponível em todos os postos de saúde do estado.
]]>A proposta é realizar campanhas de conscientização e engajamento da população em todo o país para prevenir os focos do aedes aegypti, mosquito que transmite o vírus que causa a dengue. De acordo com o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha, o momento, agora, é de prevenir. "Como estamos chegando no período em que as chuvas voltam a ocorrer com maior intensidade, este é o momento ideal para que o mosquito também aumente a sua proliferação", explicou o especialista.
Ele diz que a série de ações de conscientização conta com a parceria de estados e municípios para divulgar a necessidade da população contribua com ações simples. Entre essas providências, está o de retirar de casa qualquer objeto que possa acumular água, ambiente que pode se transformar num foco de proliferação do mosquito Aedes aegypti. "Nós queremos chamar a atenção da população como um todo. Este é o momento de prevenir uma potencial epidemia que poderia acontecer em janeiro ou fevereiro".
O secretário, que é médico e foi pesquisador da Fiocruz, alertou que as mudanças climáticas precisam ser levadas em conta porque a elevação da temperatura média ambiental, as chuvas e secas intensas, mexeram com a biologia do mosquito transmissor da dengue. "Isso aumenta a nossa preocupação. No ano de 2024, não houve uma única semana em que registrássemos um menor número de casos do que a mesma semana de 2023", exemplificou.
Ele entende que há uma situação peculiar ao Brasil e outros países da América do Sul em que há intermitência no fornecimento da água para o uso doméstico. Esse cenário faz com que as famílias armazenem água para o dia a dia. "Nós temos observado que o armazenamento improvisado da água naqueles dias em que ela está disponível nas torneiras têm se transformado posteriormente em potenciais focos".
Outra questão de vulnerabilidade tem relação com a coleta do resíduos sólidos deixados de forma irregular. "Quaisquer objetos, independentemente do tamanho, que possam acumular água, poderão se transformar num potencial foco de proliferação do mosquito. Desde uma tampinha de garrafa".
No ano de 2024, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná foram as unidades federativas com as maiores incidências da doença. Rivaldo Cunha observa, em relação à geografia da doença, que os especialistas têm observado um lento e contínuo crescimento no número de casos registrados nas regiões Sudeste e Sul. "Isso evidentemente nos preocupa. Ainda é um crescimento não assustador. Há condições reais de que, a partir da nossa mobilização cidadã (...) possamos evitar uma nova epidemia".
Em 2024, os picos ocorreram de fevereiro a maio, quando o país contabilizou mais de um milhão de casos por mês. O pior período foi março, com mais de 1,7 milhão de registros da doença. Neste ano, o maior número de pessoas diagnosticadas com dengue foi na faixa etária dos 20 aos 29 anos de idade.
]]>"Além dos benefícios para os pacientes, o uso da videolaparoscopia também impacta positivamente a gestão do sistema de saúde. Com tempo de internação mais curto e menor necessidade de reintervenções por complicações, a técnica contribui para a otimização de recursos, fundamental em um sistema com alta demanda, como é o caso do SUS", avaliou a pasta.
Os cinco procedimentos incorporados no novo protocolo são: inibidores das quinases dependentes de ciclina (CDK) 4 e 6; trastuzumab entansina; supressão ovariana medicamentosa e hormonioterapia parenteral; fator de estimulador de colônia para e em esquema de dose densa; e ampliação da neoadjuvância para estádios I a III.
"Com o novo PCDT, o tratamento do câncer de mama a a ter parâmetros de padronização íveis a todas as pessoas que necessitam. É garantia de um diagnóstico oportuno, uniformidade e eficiência no tratamento, o igualitário a novos medicamentos e profissionais qualificados para atendimento", destacou o ministério.
Ainda de acordo com a pasta e em razão da importância do diagnóstico precoce, a linha de cuidado do paciente com câncer de mama a a ser totalmente integrada dentro do Programa Mais o a Especialistas.
"A partir de agora, fica instituído o Protocolo de o às Ofertas de Cuidado Integrado (OCI) na Atenção Especializada em Oncologia".
Cada OCI envolve um conjunto de procedimentos inerentes a uma etapa da linha de cuidado para um agravo específico. Exemplo: OCI – Diagnóstico de Câncer de Mama: consulta com o mastologista + mamografia bilateral diagnóstica + ultrassonografia de mama + punção aspirativa com agulha fina + histopatológico + busca ativa da paciente para garantir a realização dos exames + consulta de retorno para o mastologista + contato com a equipe de atenção básica para garantir a continuidade do cuidado.
"O objetivo é melhorar o o a diagnósticos e consultas, com fila única, da atenção primária à atenção especializada, utilização da saúde digital, integração dos serviços e nova lógica de financiamento, com foco na resolução do problema de saúde. O prazo que antes era de um ano e seis meses, em média, para início do tratamento, ando por várias filas até completar o ciclo de cuidado, agora será de 30 dias para diagnóstico do câncer."
Dados do ministério mostram que o câncer de mama é o tipo mais incidente e a primeira causa de morte por câncer em mulheres em todas as regiões do país.
Ainda segundo a pasta, evidências científicas apontam que 15% dos pacientes atrasam o início do tratamento entre 30 e 60 dias, o que representa aumento de 6% a 8% na mortalidade. Cerca de 35% das pessoas atrasam o início do tratamento mais do que 60 dias, representando 12% a 16% de aumento na mortalidade na fila.
Até então, as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) que norteavam o cuidado com o câncer de mama não se restringiam às tecnologias incorporadas no SUS. A padronização das alternativas de diagnóstico, tratamento e acompanhamento das pessoas com a doença garante a orientação de profissionais do SUS e um norte de atendimento de qualidade para pacientes.
"Quando um tratamento não está incorporado ao SUS e é demandado via judicial, se dá o nome de judicialização. Por meio desse processo, é concedido o direito a medicamentos que beneficiam indivíduos de maneira desigual, o que cria desafios para sustentabilidade financeira do SUS, gerando deslocamento de grandes recursos destinados a políticas amplas para o individual", avaliou o ministério.
"Por outro lado, no processo de incorporação de medicamentos no SUS, o governo federal garante um ciclo integral de cuidado: além do direito a medicamentos com eficácia comprovada garantido a todos os cidadãos, são criadas diretrizes e linhas de cuidado para a assistência dos pacientes. Isso promove melhoria em toda a jornada de o à saúde, desde o diagnóstico até o monitoramento dos resultados."
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Entre as crianças de 9 anos, o alcance ainda está aquém do desejado, com menos de 69% deles imunizados. A doença é o terceiro tumor mais incidente e a quarta maior causa de morte entre as mulheres brasileiras, com cerca de 17 mil novos casos e 7 mil óbitos anuais.
O objetivo do Ministério é chegar a 90% do público-alvo, composto por meninas e meninos de 9 a 14 anos. Para isso, é preciso aumentar a imunização nas crianças e adolescentes do sexo masculino: desde 2014, quando a vacinação contra o HPV começou no Brasil, a proporção de meninos que receberam uma dose da vacina foi 24,2 pontos percentuais menor do que a de meninas.
Apesar da repercussão grave mais frequente do HPV ser o câncer de colo de útero, o vírus também pode causar câncer no pênis, ânus, boca e garganta. Além disso, a principal via de transmissão do vírus é a sexual, por isso a imunização dos meninos também é essencial para evitar a disseminação do HPV.
De acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, uma medida que ajudou a alavancar as coberturas foi o retorno da vacinação nas escolas. Ele explica que o público-alvo foi selecionado para garantir a imunização antes do início da vida sexual e do contato com o vírus, que é extremamente comum e infeccioso.
Segundo ele, a vacina contra o HPV foi "injustiçada" pelas suspeitas de eventos adversos, apesar da investigação provar que eles não tinham relação com o imunizante.
"É uma vacina com uma tecnologia fantástica, com eficácia alta e segurança alta, que não tem evento de alteração orgânica importante. E agora ela é aplicada em apenas uma dose, o que facilita a operação. Ela foi injustiçada e a gente precisa colocar ela de volta ao patamar que ela merece. É uma vacina que vai nos ajudar a eliminar o câncer de colo de útero", complementou.
Gatti participou nesta sexta-feira (6) do II Simpósio Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Brasil, no Rio de Janeiro, e anunciou também que o PNI vai investir na busca ativa de jovens de 15 a 19 anos que não tenham se vacinado contra o HPV. O Ministério da Saúde estima que sejam quase 3 milhões de pessoas, o que significa 21% da população nessa faixa etária. Os estados com as maiores porcentagens de jovens não vacinados são: Rio de Janeiro, Acre, Distrito Federal, Roraima e Amapá.
"No SUS nós temos municípios que estão muito bem e municípios que não estão tão bem assim. Então, as estratégias precisam ser direcionadas e intensificadas para os municípios com as piores coberturas" explica o diretor do PNI.
Segundo ele, a questão do o é muito importante, por causa do tamanho do Brasil. "Nós temos grandes cidades que têm a sua estrutura de saúde, mas dentro delas tem as periferias, as áreas mais empobrecidas... E o Brasil também tem áreas de difícil o, como a região amazônica, que representa um desafio logístico muito grande. Esse é um desafio e tanto e é preciso pensar estratégias pra aproveitar a ida até uma área ribeirinha e vacinar todo mundo", complementa.
Eder Gatti também destacou o desafio da comunicação e como os programas de vacinação nas escolas podem contribuir com isso: "Precisamos dizer: 'olha, é uma vacina contra o câncer, que vai salvar vidas' e garantir o o diferenciado, porque o adolescente não vai para o posto, então precisamos fortalecer a vacinação nas escolas", alerta o diretor.
]]>A pesquisa revela que a faixa etária predominante, nesses casos, foi de pacientes com idade entre 60 e 69 anos (26,30%), seguida pelo grupo de 70 a 79 anos (25,14%). Já a distribuição por gênero ficou equilibrada, com 50,61% de mulheres e 49,39% de homens.
O levantamento faz ainda uma análise da complexidade assistencial das altas. Os números mostram que 89% delas ocorreram no nível 1 de severidade, indicando baixa complexidade clínica. Apenas 6,9%, 1,42% e 1,66% foram classificados nos níveis 2, 3 e 4, respectivamente, faixas que demandam maior cuidado e recursos.
Além disso, 37,68% dos pacientes foram atendidos em hospital-dia por um período de até 12 horas e 14,62%, por um período entre 12 e 24. De acordo com o estudo, os dados reforçam a importância de triagens eficazes para direcionar casos menos graves à atenção primária ou ambulatórios especializados, otimizando recursos hospitalares para pacientes de alta complexidade.
Segundo o Ministério da Saúde, no Sistema Único de Saúde (SUS), foram registrados 28.354 atendimentos relacionados ao câncer de pele do tipo melanoma entre janeiro de 2023 e julho de 2024.
Desse total, 10.298 foram cirurgias oncológicas — 6.276 em 2023 e 4.022 entre janeiro e julho de 2024; 8.107 foram quimioterapias — 5.113 em 2023 e 2.994 entre janeiro e julho deste ano; e 9.949 foram radioterapias — 5.994 no ano ado e 3.955 entre janeiro e julho de 2024.
Já em relação ao câncer de pele não melanoma, foram registrados, no mesmo período, 110.526 atendimentos, sendo 99.713 cirurgias oncológicas — 59.345 em 2023 e 40.368 entre janeiro e julho de 2024; 1.192 quimioterapias — 729 em 2023 e 463 entre janeiro e julho deste ano; e 9.621 radioterapias — 5.758 em 2023 e 3.863 de janeiro a julho de 2024.
]]>Em Roraima, o aumento dos casos da síndrome está concentrado em crianças de até 2 anos e em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. Já em São Paulo, o crescimento se concentra nas crianças e adolescentes na faixa de 2 a 14 anos.
"Os dados laboratoriais disponíveis até o momento em ambos os estados ainda não permitem identificar com clareza os vírus responsáveis por esse aumento. É provável que o crescimento de SRAG esteja sendo impulsionado por algum vírus que afeta principalmente crianças e adolescentes, como o rinovírus, VSR, adenovírus ou metapneumovírus", disse a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe.
Para a população dos dois estados, Tatiana recomenda cuidados como o uso de máscaras em locais fechados e dentro de postos de saúde. Como a maioria dos casos afeta a população infantil e adolescentes, a pesquisadora diz que, diante de sintomas de síndrome gripal, os pais devem evitar levar as crianças para a escola. "O ideal é que a criança fique em casa se recuperando e evitando transmitir os vírus para outras crianças. Além disso, é importante que toda as pessoas do grupo elegível, procurem os postos de vacinação", acrescenta.
Tatiana Portella ressalta ainda que, em crianças e adolescentes de até 14 anos, o rinovírus permanece como o principal vírus responsável pelos casos de SRAG, enquanto a covid-19 predomina entre os idosos. "Contudo, as hospitalizações associadas a ambos os vírus estão em tendência de queda ou estabilidade na maior parte do país."
Entre as ocorrências deste ano, 17,1% foram influenza A; 1,9%, influenza B; 34,5%, vírus sincicial respiratório (VSR); 26,7%, rinovírus, e 19,4%, Sars-CoV-2 (Covid-19).
Quanto aos óbitos, o boletim constata que, durante o ano, cerca de 10.080 pessoas morreram por SRAG.
]]>Outros dados mostram a importância do trabalho educativo dos profissionais de saúde. Entre as gestantes que receberam a recomendação de tomar os imunizantes adequados, 96% seguiram a indicação. Por outro lado, dúvidas perigosas ainda contaminam as gestantes brasileiras: 10% delas confessaram acreditar que os imunizantes podem causar autismo nos bebês, uma das mentiras mais antigas sobre as vacinas, já refutada pela comunidade científica. E ainda 14% achavam que as vacinas podem provocar alterações genéticas nos fetos, algo impossível, mas bastante alardeado em discursos antivacina.
Atualmente, as gestantes brasileiras devem tomar cinco vacinas, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). A tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, ou DTPa, é praticamente exclusiva para grávidas e deve ser tomada em todas as gestações, pois protege a mãe contra a difteria, o tétano, impede que ela transmita coqueluche ao feto e também possibilita a agem de anticorpos, protegendo os bebês nos primeiros meses de vida, até que eles possam ser vacinados contra a doença. Além disso, gestantes que não tiverem comprovante de vacinação contra difteria e tétano devem receber estas doses antes da DTPa. A difteria pode ser transmitida pela mãe para o bebê e o tétano pode ser adquirido por contaminação durante o parto. Ambas as doenças tem alta taxa de mortalidade entre recém-nascidos.
Também é importante que a gestante tenha sido imunizada com pelo menos três doses da vacina contra a hepatite B, doença viral que pode ser transmitida para o bebê e aumenta o risco de parto prematuro. O esquema deve ser completado mesmo após o parto, já que a hepatite pode ser transmitida até pelo leite materno. Além disso, gestantes e puérperas fazem parte do grupo de risco de influenza e covid-19. A vacina contra a gripe deve ser tomada durante a campanha anual, já o imunizante contra a covid-19 agora faz parte do calendário básico e pode ser aplicado a qualquer tempo.
Para a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Melissa Palmieri, as entidades de saúde precisam se engajar em um trabalho contínuo e coordenado de formação dos profissionais, para que eles recomendem e cobrem a vacinação das pacientes.
"A grande dificuldade é que às vezes a gente sente que está pregando pra quem é totalmente convertido. E nós precisamos chegar àquele ginecologista, obstetra que ainda não tem um conhecimento tão grande sobre a importância de ele colocar dentro do pré-natal, como um item essencial em toda a consulta. E é um trabalho contínuo porque novos médicos se formam todos os anos. E quando a gente fala de médicos que atendem gestantes, não são só ginecologistas, tem a medicina de família e comunidade que precisa saber da importância da sensibilização. E cada vez mais as famílias também procuram pediatras antes do nascimento."
A pesquisa também fez algumas perguntas específicas sobre a imunização contra o vírus-sincicial respiratório - VSR, o principal causador da bronquiolite, doença do aparelho respiratório que pode se tornar grave principalmente em bebês. Os dados mostram que 94% das gestantes já ouviram falar sobre a doença, mas apenas 22% sabem que o principal causador dela é um vírus. De acordo com dados da plataforma Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz, até novembro, foram registrados 26 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave causados por VSR, 4 mil a mais do que em todo o ano ado. A maior parte desses pacientes eram crianças pequenas.
Atualmente, há duas vacinas contra o VSR autorizadas para uso no Brasil, a Arexvy, da farmacêutica GSK, recomendada para idosos, e a Abrysvo, da Pfizer, que também pode ser aplicada em gestantes. Elas não fazem parte do Programa Nacional de Imunizações, mas estão disponíveis na rede privada.
]]>O número de exames oftalmológicos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para prevenir doenças da retina registrou crescimento de 49,5% em 2023 com relação a 2019.
No ano ado, foram realizados quase 12 milhões de procedimentos deste tipo, o que representa um recorde histórico, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Em 2019, o Ministério da Saúde aponta a realização de 7,9 milhões de exames. Até agosto de 2024, mais de 9 milhões de exames já haviam sido realizados, apontando para a tendência de um novo marco histórico.
Na avaliação do CBO, este avanço reflete o fortalecimento das políticas de saúde pública e a crescente conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da retinopatia diabética, principal responsável pelo volume de exames de retina realizados no SUS.
O relatório do CBO avaliou os registros dos quatro tipos de exames para o diagnóstico de problemas na retina disponíveis no SUS: biomicroscopia de fundo de olho, mapeamento de retina, retinografia colorida binocular e retinografia fluorescente binocular. O detalhamento dos números mostra que todos estes procedimentos registraram aumento significativo no ano ado.
Em 2019, de janeiro a agosto, por exemplo, foram realizados, em média, cerca de 645 mil exames desses quatro tipos a cada mês. No mesmo período do ano seguinte, esse total baixou para 413 mil mensais. Em 2023, com a normalidade dos atendimentos do SUS já estabelecida, a média ultraou 972 mil procedimentos e, em 2024, já supera a marca de 1,1 milhão de exames ao mês.
As mulheres representam a maioria dos pacientes que são submetidos aos exames, conforme mostram os dados analisados pelo CBO. Nos períodos de janeiro a agosto, nos anos de 2019 a 2024, foram feitos 15,5 milhões de testes na população feminina. Outros 11,2 milhões foram aplicados em homens.
Com relação à idade, a maior parte dos exames foi realizada na população com idades acima de 60 anos, com 3,6 milhões de exames em 2024.
]]>Segundo o comunicado, o acordo com a Novo Nordisk, fabricante de canetas de insulina, define a entrega de 93% do volume contratado até dezembro – a previsão inicial era disponibilizar apenas 50% ainda este ano. Segundo o ministério, a produção da empresa no Brasil é responsável por 15% de todo o fornecimento mundial do insumo.
"A insulina a ser entregue pela Novo Nordisk é produzida em planta localizada em Montes Claros (MG), reconhecida como a maior fábrica de insulinas do Brasil e da América Latina, com cerca de dois mil funcionários", destacou a pasta.
No comunicado, o Ministério da Saúde informa manter aquisições regulares para oferta de insulina no SUS, "garantindo o abastecimento ininterrupto do medicamento".
Até outubro deste ano, foram distribuídas 49,9 milhões de unidades de insulinas NPH e 10,7 milhões de insulina regular (frascos e canetas) para todo o país, atendendo a demanda de estados e municípios.
"Atualmente, há uma situação mundial de restrição da oferta de insulina. O Ministério da Saúde atuou para que essa situação fosse superada", concluiu.
A orientação é que qualquer pessoa com indicação de uso de insulina e dificuldade para ar o medicamento em farmácias privadas, inclusive por meio do programa Farmácia Popular, procure uma unidade básica de saúde (UBS) para solicitar a medicação.
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A pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella, diz que, apesar do alerta relacionado ao rinovírus e Covid-19 em alguns estados e faixas etárias, as hospitalizações associadas a ambos os vírus estão em tendência de queda ou estabilidade na maior parte do país.
"Nessa última atualização do Boletim InfoGripe a gente observa uma redução dos novos casos de SRAG no agregado nacional e também de redução ou estabilidade dos casos de SRAG na maioria dos estados no país", afirma Tatiana.
"No estado do Rio de Janeiro, o aumento dos casos de SRAG ocorre em praticamente todas as faixas etárias, e está associado ao rinovírus nas crianças e adolescentes de até 14 anos, e à Covid-19 entre os idosos. Contudo, com exceção apenas da população idosa de 50 a 64 anos, os casos de SRAG no estado já apresentam sinal de desaceleração do crescimento", diz a Fiocruz.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrou, em 2024, 9.726 óbitos, sendo notificados 158.788 casos no país.
]]>A pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella, diz que, apesar do alerta relacionado ao rinovírus e Covid-19 em alguns estados e faixas etárias, as hospitalizações associadas a ambos os vírus estão em tendência de queda ou estabilidade na maior parte do país.
"Nessa última atualização do Boletim InfoGripe a gente observa uma redução dos novos casos de SRAG no agregado nacional e também de redução ou estabilidade dos casos de SRAG na maioria dos estados no país", afirma Tatiana.
"No estado do Rio de Janeiro, o aumento dos casos de SRAG ocorre em praticamente todas as faixas etárias, e está associado ao rinovírus nas crianças e adolescentes de até 14 anos, e à Covid-19 entre os idosos. Contudo, com exceção apenas da população idosa de 50 a 64 anos, os casos de SRAG no estado já apresentam sinal de desaceleração do crescimento", diz a Fiocruz.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrou, em 2024, 9.726 óbitos, sendo notificados 158.788 casos no país.
]]>"A gente sabe que vai ser um verão quente e chuvoso. Já está assim e a gente ainda não chegou no verão, mas a dengue já começa a aparecer na primavera de forma intensa. Então, a gente tem uma preocupação grande em relação a essa temporada. A gente espera que a adesão à vacina contra a dengue seja ampliada e que a gente consiga vacinar uma parte maior da população, protegendo um número maior de pessoas. Esta é uma doença que traz bastante danos à sociedade, não só em termos de mortes como a gente tem visto recentemente, mas em termos de absenteísmo, sofrimento mesmo, de internação, então, é uma doença que não é simples. Mesmo os que am por ela, dizem que nunca mais querem ar por ela", contou.
O médico foi um dos participantes da coletiva de apresentação da pesquisa inédita sobre o impacto da desinformação e das Fake News sobre a dengue, realizada pela empresa multinacional de pesquisa e consultoria de mercado Ipsos e encomendada pela biofarmacêutica Takeda, com a colaboração da SBI. Foram entrevistadas 2 mil pessoas para entender as percepções sobre a dengue, a vacinação em geral e sobre a doença.
"A gente sabe que uma das principais formas é através da vacinação e espera que o Ministério da Saúde junto com a Takeda, consiga ampliar a oferta de vacinas pra gente proteger um número maior de pessoas, ampliar as nossas faixas etárias de vacinação, as cidades beneficiadas com o programa", completou.
Também na apresentação, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, defendeu mais capacitação de profissionais de saúde para facilitar a comunicação com pessoas desconfiadas que se recusam a se vacinar. A gente tem feito várias ações de enfrentamento à hesitação vacinal. Temos várias na Sociedade Brasileira de Pediatria, de Infectologia, de Imunizações, de gibis com a turma do Maurício de Souza, eventos presenciais, parcerias com o Instituto Questão de Ciência para entender este fenômeno social em relação a confiança nas vacinas. É um papel de todos", apontou.
O médico infectologista acrescentou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) começa como enfrentamento da hesitação a estratégia conhecida como 5 letras C "melhorar a confiança na vacina e na estratégica pública de colocar a vacinação em prática; a complacência, que é a percepção do risco, precisamos trabalhar mostrando os riscos da doença; a conveniência que é o o e as vacinas precisam estar disponíveis; a comunicação com papel fundamental da imprensa e o último o contexto que muitas vezes precisa ser particularizado como no o em regiões remotas, de pandemia, políticos, às vezes religiosos de um povo localizado", observou.
Um fato positivo no estudo é que mesmo diante da epidemia da doença no Brasil neste ano, 88% dos entrevistados disseram que veem a vacina contra a dengue uma medida eficaz de prevenção.
"Para elas, inclusive a maior parte de notas muito altas para importância de existir uma vacina contra a dengue no sistema público de saúde. Essa é uma informação muito importante porque ela nos diz o quanto a população entende a importância da disponibilização da vacina contra a dengue no sistema público", indicou a analista de Pesquisa de Mercado da área de Healthcare na Ipsos, Juliana Siegmann.
Mesmo com este percentual elevado de confiança nas vacinas, o estudo indicou que a divulgação de Fake News, principalmente, em redes sociais, representa impacto direto nas decisões sobre a vacinação em geral. Entre os participantes da pesquisa, 41% relataram ter recebido informações falsas sobre vacinas neste tipo de meio de comunicação. Além disso, quase 30% já deixaram de se vacinar ou recomendaram que outros não se vacinassem devido a dúvidas sobre segurança e eficácia. Ainda conforme o estudo, 10% decidiram não se vacinar por causa de informações recebidas online ou de amigos e parentes. Embora não tenham mudado de opinião, 17% ficaram em dúvida por causa das informações recebidas.
Como resultados mais favoráveis da vacinação, 91% prestam atenção nas campanhas, 90% acreditam que as vacinas em geral trazem benefícios e 95% dizem verificar a veracidade das informações sobre vacinas. Na avaliação dos sentimentos despertados pelas informações nas redes sociais sobre vacinas em geral, 77% falaram que elas trouxeram sensações positivas, como confiança (42%), tranquilidade (38%) e otimismo (33%). Pelo menos metade (50%) dos entrevistados se interessou pelo tema. Em movimento contrário, 23% se sentiram negativamente impactados e relataram ansiedade (16%), desconfiança (15%), medo (10%) e confusão (9%).
As principais fontes de informação sobre vacinas e dengue são a TV (59%), as redes sociais (49%) e os postos de saúde (47%). As Fake News mais comuns em relação à dengue são sobre a eficácia da vacina, a gravidade da doença, as curas milagrosas e as informações incorretas sobre formas de contágio.
O estudo da Ipsos apontou também que cerca de 10% dos pesquisados são descrentes em relação às vacinas em geral, sendo mais propensos a acreditar em falsas notícias. Nesse grupo, mais da metade tem idade acima de 55 anos, leve predominância masculina e maior presença nas classes C, D e E. Embora 77% tenham tido contato com a doença, 27% não consideram a dengue grave ou não sabem.
"Essa pesquisa traz dados muito importantes para todos nós, para a nossa atuação tanto individualmente, quanto da própria sociedade, para balizar as nossas ações sempre no intuito de melhorar a forma da gente se comunicar, entender quais são os desafios que a gente tem nessa comunicação e direcionar a nossa comunicação para combater principalmente as notícias falsas, as notícias falsas em relação a vacina de forma geral e, especificamente, em relação à vacina contra a dengue", comentou Chebabo.
Ainda para aumentar o poder de convencimento da necessidade da vacinação, Chebabo destacou que é preciso tirar a vacina do discurso político. "A doença atinge a todos quem é de um lado ou de outro, quem torce para um time ou outro de futebol. Todos são atingidos da mesma maneira independente das suas convicções, sejam religiosas, sejam políticas, sejam em torcida de algum time de futebol. É um trabalho que temos tentado fazer, principalmente, na vacina, tirar do discurso político. A gente viu todo o mal que a gente teve no questionamento em relação à vacina da covid-19, que respingou no programa e na queda de cobertura de todas as vacinas", afirmou.
A diretora médica da Takeda, Vivian Lee, lembrou que o Brasil é o primeiro país a integrar a vacina contra a dengue em um programa nacional de imunização, que ocorreu em 21 de dezembro de 2023. "Causa para a gente muito orgulho de fazer parte dessa história", disse, acrescentando que a Takeda tem estudos para a produção da vacina da dengue que levaram até 15 anos. "Isso já rebate e esclarece uma Fake News de que a vacina foi desenvolvida muito rapidamente", completou.
A campanha #Sem Sombra de Dengue. Depende de você, que já está sendo exibida em veículos de comunicação, será divulgada no Dia Nacional de Combate à Dengue, no próximo sábado (23), quando haverá projeções em vários locais do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Salvador.
]]>A primeira rodada de cinco anos do estudo mostra resultados promissores do programa de rastreamento de câncer de colo de útero implementado no município entre outubro de 2017 e setembro de 2022 por meio da utilização do teste de DNA para detecção do HPV.
Os números indicam um aumento da detecção de lesões pré-cancerosas em até quatro vezes, enquanto 83% dos casos de câncer foram detectados em estágio inicial.
O estudo foi realizado pelo Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Unicamp e pela prefeitura de Indaiatuba com o apoio da Roche Diagnóstica. Foram rastreadas, ao todo, 20.551 mulheres, com 58,7% de cobertura e 99,4% de conformidade com a faixa etária alvo do programa, de 24 a 65 anos. A cobertura sobe para 77,8% quando se exclui o período de pico da pandemia de covid-19.
O teste de DNA-HPV foi negativo em 87,2% das amostras, com 6,2% de encaminhamentos para colposcopia e 84,8% de colposcopias realizadas. Um total de 258 lesões precursoras de alto grau e 29 cânceres cervicais (idade média de 41,4 anos, sendo 83% em estágio I) foram detectados.
Como referência, 41.387 testes de citologia ou papanicolau realizados de 2012 a 2016 haviam detectado 36 cânceres cervicais (idade média de 52 anos), sendo 67% em estágios avançados.
Os resultados, publicados na revista científica Nature, revelam que o diagnóstico de câncer de colo de útero em mulheres rastreadas por DNA-HPV em Indaiatuba pôde ser antecipado em dez anos em relação a testes de citologia, como o papanicolau.
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor de oncologia do Hospital da Mulher da Unicamp e principal pesquisador do estudo, Júlio Cesar Teixeira, destacou que a tecnologia, além de mais precisa, é "custo-efetiva".
Agência Brasil: Como o senhor avalia os resultados dessa primeira rodada de cinco anos do estudo?
Júlio Cesar Teixeira: É um estudo de vida real. Fizemos uma mudança na cidade, na rede pública, do papanicolau para o teste de DNA para HPV. É um teste mais eficiente, que detecta mais e antecipa o diagnóstico em até dez anos. O que acontece? Você detecta as pessoas que têm o vírus do HPV – isso significa que ela tem o risco apenas, não que ela tem algum problema, até porque a maioria das mulheres elimina esse vírus.
Só que o papanicolau já detecta células alteradas pelo vírus, ou seja, quando há suspeita de lesões. No teste de DNA, a gente antecipa, detecta essas mulheres de maior risco, que fazem um seguimento diferenciado ou outros testes para ver se já há uma lesão pré-câncer. Com isso, você trata e previne câncer. Esse é o mecanismo.
Agência Brasil: Resultados parciais do estudo já haviam sido publicados, com boas perspectivas?
Teixeira: Quando você faz um teste de DNA para HPV, olha que interessante: ele vale por cinco anos. Esse é o período a ser aguardado até que você precise repetir o teste – isso quando ele dá negativo num primeiro momento. Então, o DNA-HPV dá uma segurança maior.
Com dois anos e meio de estudo, a gente já tinha publicado resultados parciais e já tínhamos demonstrado essa antecipação de dez anos no diagnóstico. Conseguimos, na cidade de Indaiatuba, colocar uma cobertura para HPV na população muito elevada, acima de 90% na época.
A gente fez também uma análise custo-efetividade e ficou demonstrado que a testagem por DNA é mais econômica.
Isso porque como você não tem muito câncer de colo de útero pra tratar, o que é caro, mesmo que o teste de DNA parta de um preço maior no início, ao longo de poucos anos você, já começa a ter economia de recursos frente ao que se aplica. Baseado nisso, no fim de 2021, já com esses resultados, o Ministério da Saúde começou a trabalhar uma transição a nível nacional. Isso culminou agora com os resultados de cinco anos da primeira rodada.
Agência Brasil: Com a publicação de novos resultados, quais os próximos os para essa transição no Brasil?
Teixeira: Indaiatuba é uma cidade de 250 mil habitantes, uma cidade bem organizada. Fizemos, de 2017 até o fim de 2022, a primeira rodada de cinco anos. Estamos agora começando o ano outro estudo e o terceiro ano da segunda rodada.
O que a gente observa: depois que a gente já fez o teste em alta cobertura, detectamos as mulheres que tinham câncer sem sintomas. Eram cânceres microscópios, a maioria deles. E, na realidade do Brasil hoje, a maioria é câncer avançado. Invertemos esse panorama, salvando mais mulheres.
Além disso, na segunda rodada, depois que a gente fez esse clareamento na população, tratando as lesões pré-câncer e os cânceres que já existiam, a gente espera ter muito menos alterações. O que acontece: você vai ter uma sobrecarga menor de mulheres detectadas com teste positivo para HPV. Isso vai demandar menos tratamentos adicionais, menos exames complementares. Ou seja, vamos precisar de menos profissionais atuando e menos custos para o sistema. A gente vai demonstrar, uma rodada na frente, para gestores e para o Ministério da Saúde, o que acontece a cada rodada do programa, para eles já irem se programando em termos de gestão e de economia. Esse é o panorama. Vira uma espécie de estudo sentinela.
Agência Brasil: Como fica a vacinação contra o HPV nesse contexto?
Teixeira: Esse é o segundo ponto importante: quando as mulheres que tomaram vacinas contra o HPV com menos de 15 anos, lá em 2014, chegarem, no ano que vem, aos 25 anos, idade em que se começa a fazer o preventivo e o rastreamento para câncer de colo de útero, para essas mulheres, o teste de DNA vai ser o indicado. Não o Papanicolau.
Essa necessidade de troca de tipos de rastreamento, portanto, é iminente para o Brasil. Essas mulheres já virão com menos casos de HPV porque tomaram a vacina. Elas terão menos lesões.
Para esse grupo especificamente, já estamos começando a preparar um estudo para avaliar a autocoleta, ou seja, a mulher mesma colhe o material da secreção do colo do útero, como se fosse um absorvente interno ou coisa parecida, envia para o laboratório e vai ter o seu resultado. Se houver alguma sinalização de HPV, aí sim, ela é encaminhada para uma avaliação médica.
Mas, atualmente, no panorama da nossa realidade, 87% das mulheres rastreadas já dão negativo para o primeiro teste, que garante cinco anos até que haja a necessidade de uma nova testagem. Nesse novo cenário de mulheres que tomaram a vacina contra o HPV ou já fizeram a primeira rodada de checagem, que deu negativo, o índice deve aumentar em mais de 90%. Portanto, você vai poder fazer autocoleta em até 92% da população-alvo. Isso vai simplificar a vida das mulheres e do sistema, de maneira geral, para poder fazer outras ações de saúde que estamos precisando bastante.
Agência Brasil: A incorporação do teste de DNA para HPV ou pela avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.
Teixeira: Exatamente. E, para ser ofertado no SUS, além de ser mais precisa, essa tecnologia precisa ser custo-efetiva. Você precisa ter um aumento no custo que não seja impeditivo de ser implementado. Como os estudos demonstram que ela acaba sendo mais econômico pelos bons resultados, acabou sendo aprovado. Essa aprovação final aconteceu em março deste ano. A partir daí, começou a contar um prazo de seis meses – estamos vivendo agora o final dele – onde o primeiro o é que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) defina novas diretrizes, qual a população-alvo, como serão feitos os testes, o que vai ser feito com o resultado.
Já adianto, porque faço parte de comissões que fazem consultoria pra essa produção: a princípio, deve se replicar algo bem próximo do que está sendo feito em Indaiatuba. Um programa bem simples, com fluxograma simples, fácil de entender e que, por meio dele, você consegue resolver praticamente todos os casos de HPV que a gente tem na nossa rotina.
Agência Brasil: Do ponto de vista prático, com a saída do papanicolau e a chegada do teste de DNA, o que muda no momento do exame?
Teixeira: Nada. A coleta, no teste de DNA, é similar à do papanicolau e envolve a secreção do colo do útero. A mulher precisa ar por um exame ginecológico da mesma forma.
Só execuções envolvendo o coletor, a enfermagem e o médico é que mudam. No lugar de colocar a secreção em uma lâmina, ela é colocada em um tubo com líquido conservante. Esse tubo que vai para o laboratório, onde é feita a pesquisa do DNA do vírus. Se for preciso, nesse mesmo líquido já colhido, é feita a citologia, que pode ser indicada como teste adicional, para ajudar a esclarecer o risco daquela paciente.
Para mulher, portanto, não muda nada em termos de coleta.
O que muda é o resultado que, quando vier, garante, com 100% de precisão, que, por cinco anos, ela não vai ter uma lesão pré-câncer ou um câncer de colo de útero. É uma segurança muito grande.
Essa mulher pode comparecer ao médico periodicamente para outras ações de saúde, mas não será necessário mais fazer a prevenção do câncer do colo do útero durante esse período.
Agência Brasil: Hoje, qual a garantia de proteção que o papanicolau dá às mulheres contra o HPV?
Teixeira: O papanicolau dá uma boa garantia também, tanto que a instrução é que ele seja repetido somente de três em três anos. Tem um pouco menos de eficácia em relação ao teste de DNA.
Com essa nova tecnologia, que é um pouco mais abrangente e específica, você acaba afastando o risco por cinco anos. O papanicolau depende de várias etapas para gerar um resultado, desde a coleta, o trabalho com a lâmina no posto de saúde, o transporte, a chegada ao laboratório, o processamento e, depois, a leitura no microscópio pelo citologista. Todas essas etapas têm um pouco de falha. Por isso ele acaba sendo repetido de três em três anos.
Já o teste de DNA é todo automatizado e não tem falha. É fácil de fazer, desde que você tenha o frasquinho com o liquido adequado e o equipamento para detectar o HPV. Essas são as grandes diferenças. Mas olha que interessante: o SUS remunera, todos os anos, um total de exames papanicolau que seria capaz de cobrir 80% de todas as mulheres até 64 anos – incluindo as da rede privada.
Sendo um teste bom, com esse nível de cobertura, por que a mortalidade por câncer de colo de útero não caiu nos últimos 40 ou 50 anos no Brasil? Permanece, na verdade, uma linha horizontal. O teste é ruim? Não. Só que esses 80% de papanicolau pagos significam, na verdade, entre 15% e 30% de cobertura. Por quê? Porque são sempre as mesmas mulheres que vêm fazer o papanicolau. Elas vêm anualmente e são coletadas amostras, desperdiçando testes e sem nenhum efeito na queda de casos de câncer.
Como o teste de DNA é bem mais caro de partida, a gente não vai poder desperdiçar teste. Precisa haver um controle da população: quem está fazendo o teste, quem está retornando para fazer o teste, se a paciente está fora do período, se nunca fez o teste. Isso evita desperdício. Isso é um programa organizado.
O papanicolau, hoje, no Brasil, é um programa oportunístico. Se a mulher comparece à unidade de saíde, ela faz; se não comparece, não faz. E acaba sendo feito sempre com as mesmas, gerando, no máximo, 30% de cobertura. Qual o resultado: além das taxas de câncer não caírem, 70% dos casos são de cânceres avançados.
As mulheres só comparecem às unidades de saúde quando têm sintomas como dor, secreção e sangramentos. Um câncer que não era para existir.
Sabe qual a sobrevida média de um câncer avançado como o de colo de útero? 50% dessas mulheres vão morrer, em média, em cinco anos.
Não temos parâmetro nenhum para continuar a fazer o que estamos fazendo. O papanicolau é bom e funciona – para quem está fazendo. O problema é quem não está fazendo.
Agência Brasil: Se pensarmos em um cenário de vacinação com alta cobertura para o HPV e rastreamento de casos por teste de DNA, poderíamos virtualmente trabalhar com um Brasil sem câncer de colo de útero no futuro?
Teixeira: Exatamente. É isso que já está acontecendo em países que começaram a vacinar meninas contra o HPV em fase escolar, com altas coberturas, acima de 80%, entre 2007 e 2008. São vários países: Austrália, Reino unido, Inglaterra, Escócia. Lá, eles já estão fazendo, inclusive, uma única dose de vacina contra o HPV até os 25 anos para todo mundo. Com o intuito de eliminar mesmo a doença.
E esses países já usam o teste de DNA como rastreamento. Começaram em 2017, na mesma época em que a gente começou em Indaiatuba. Eles calculam que, a partir de 2038, casos de câncer de colo de útero serão um evento raro na população local, baseados na queda do vírus, das lesões pré-câncer e do câncer propriamente dito.
Cientificamente, é possível erradicar o HPV. É um vírus muito estável, que ocupa um lugar específico. Se você bloqueia isso com a vacina isso, ele fica inutilizado, não consegue ar para outra pessoa nem para a célula ao lado. A vacinação realmente é o caminho para eliminar o HPV.
Mas, como a vacinação não engloba todos os tipos de HPV – temos 14 ou 15 tipos que causam 99% dos casos de câncer, enquanto a vacina protege contra até sete tipos –, sempre será necessário um teste de rastreamento. Até que a eliminação em todo o planeta realmente esteja acontecendo. Se você somar a vacinação precoce e, ao chegar a idade do rastreamento, fazer o exame periódico com o teste de DNA, esse câncer vai ser eliminado.
Pode e deve acontecer no Brasil. Por que não? A gente já tem o recurso. Ele só é usado, atualmente, de forma descoordenada e com desperdício. Precisamos de pessoas com vontade política. Não precisamos mais de ciência. É tudo política.
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